Chegou 6ª feira e com um excelente balanço semanal. Depois, de um dia de vai e vem, vem e vai, o motor do vidro do carro resolve quebrar,ainda conseguia subir e descer na mão mesmo,procurei um sr que meu marido deixou avisado,caso acontecesse alguma coisa. Fui orientada que procurasse por outro sr,numa elétrica, especializada em vidros de carro. Fui gentilmente atendida por um jovem funcionário,que na sua ingenuidade, disse ter arrebentado a corrente e que eu poderia levar o carro até fulano de tal,em outro lugar(por acaso,foi o mesmo que na semana passada,desamassei a lateral)que ele concertaria. Neste meio tempo,chegou o dono,que deveria estar conversando com o senhor que me encaminhou até ele.
Funcionário:
- Eu disse a ela para procurar Ivonei na dois irmãos, deve ter arrebentado o cabo
Dono:
-Não, isso não tem jeito, deixa com a gente senhora, não se preocupe a gente encomenda e depois acerta com o comandante!!!
Não preciso nem dizer, que no dia seguinte procurei o Ivonei, nunca vi,gente de tão má fé para ganhar dinheiro em cima dos outros. Primeiro pensa que somos ricos,depois pensa que sou palhaça.
Cheguei no Ivonei no dia seguinte,com o vidro completamente despencado, ou seja, não poderia sair dali daquele jeito, deixei vários compromissos da tarde,mas consegui que ele,pelo menos, desse um jeito de mante-lo fechado. Com a retirada do motor,que foi prometido para o dia seguinte, as travas automáticas pararam de funcionar(eu não tinha dado conta), como já tinha perdido meu compromisso da hora, fui resolver outro problema, estacionei o carro,passei a chave e saí. Qdo voltei, o banco do carro estava totalmente para tras. Bem, até agora estou tentando entender o que aconteceu...
Findo mais um dia, pego a filha na escola, passo em alguns lugares e vou me embora.
Já se aproximando de casa, um cachorro "Kamikase" entra em minhas rodas. Afff, por frações de segundo pensei ter escapado de um atropelamento,até que senti o carro trepidar, minha filha olha para trás assiste a lastimável cena,e em outras palavras começa a me chamar de "assassina".
-Por que você matou o cachorrinho?
Porque mãe?...porque você não freiou?
Este pequeno monólogo, foi aos prantos, aos gritos de histeria.
E eu? Diante tamanho esgotamento menta,me silenciei.
No momento, passava em frente ao centro espírita que freqüento,resolvi voltar entrar e orar, para que pudesse acalmar e harmonizar minha pequena,que naquele momento sofria a perda de um cachorrinho que ela nunca tinha visto na vida.
Conclusão:
Mas do que tudo, sempre é bom avaliar as situações por qual passamos. Primeiro de tudo, é que reforça mesmo a importância do nosso papel, de mulher,mãe, esposa e educadora.
E eu, ainda me pergunto como existe tantas mulheres que se sentem diminuídas, depressivas, inúteis, porque não estão trabalhando. Como não? Nesse contexto, é de extrema importância,que cada qual saiba o seu papel, graças eu dou,por ter meu marido que trabalha,e me proporciona a possibilidade de cuidar da minha própria instituição,que é minha família.
Antes de terminar este post, uma coisa me deixou preocupada. Que,foi ver o desequilíbrio de minha filha com a perda. Ora, sei o quanto ela é sensível,amorosa, delicada. Sei o quanto gosta de bichinhos e que não deixa nem uma abelhinha se afogar na piscina. Mas entendo tb, que a perda faz parte da nossa vida e que precisamos nos preparar a todo momento para isso. Enfim,tivemos uma longa conversa,sobre o ocorrido aproveitando para levantar as questões que ao longo dos anos temos de aprender, entender e se esforçar para aceitar...Isso foi só na 4ª feira.
